As festas de final de ano se
aproximam. Para muitos, são momentos alegres de celebração, mas para a maior
parte dos expatriados datas como Natal ou Reveillon representam um desafio. Se
por um lado é uma oportunidade de conhecer de perto os costumes de outro país,
por outro pode ser também um momento de solidão em que se sente com mais
intensidade a distancia da família ou dos amigos.
Buscar uma forma de integração e
planejar com antecedência como passar estas datas mesmo que seja com novos
amigos é uma possibilidade de minimizar a sensação de marginalidade e trazer um
novo significado a estes dias, comemorados de forma tão distinta ao redor do
mundo.
Os austríacos, por exemplo,
derramam chumbo derretido em uma tigela com água, à meia noite, e observam as
figuras que se formam para adivinhar o que reserva o próximo ano. No Camboja, as
crianças lavam os pés dos seus pais e avós como forma de mostrar respeito aos
anciãos e obter bênçãos.
Em algumas cidades holandesas,
são acesas fogueiras públicas para queimar árvores de Natal e parte da
população mergulha em lagos, canais e no Mar do Norte – uma forma de mostrar
coragem já que as temperaturas nesta época do ano estão abaixo de zero.
Na Escócia, a festa conhecida
como Hogmanay dura cerca de três dias e começa no dia 30 de dezembro, quando
acontece a Procissão das Tochas, em Edimburgo. Moradores e turistas caminham
iluminando as ruas, ao som de tambores e gaitas de foles.
Em Londres, a torre do Big Ben é
iluminada por fogos de artifício e no primeiro dia do ano acontece a
tradicional “London New Year Parade”. Um desfile realizado com a participação de artistas de vários
países, que dançam, acrobacias e diversas performances.
Parisienses reúnem-se com amigos
e familiares e podem escolher entre assistir às 12 badaladas da meia-noite na
Champs-Élysées, ao show de luzes na torre Eiffel ou um jantar mais intimista em
um dos muitos bares ou restaurantes da cidade.
No Brasil, nossas festas de ano
novo trazem um significado místico fruto do sincretismo religioso. A
comemoração mais conhecida, nas areias da praia de Copacabana, no Rio de
Janeiro, reúne cerca de dois milhões de pessoas que vão vestidas de branco
assistir à queima de fogos que começa à meia-noite e dura em torno de 15
minutos. O uso do branco, a tradição de jogar flores no mar e fazer pedidos
para Iemanjá vieram das festas de Candomblé que eram celebradas nas praias no
passado.
Para um expatriado, nossa
celebração pode ser considerada um tanto exótica mas por outro lado pode ser uma
experiência enriquecedora para os que estão receptivos. A Differance deseja a
todos um ano novo repleto de realizações e, independente da origem cultural,
que cada um se sinta em casa mesmo que longe do próprio país.
por Cristiana Lobo
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