Friday, December 12, 2014

Ano Novo Mundo Afora


As festas de final de ano se aproximam. Para muitos, são momentos alegres de celebração, mas para a maior parte dos expatriados datas como Natal ou Reveillon representam um desafio. Se por um lado é uma oportunidade de conhecer de perto os costumes de outro país, por outro pode ser também um momento de solidão em que se sente com mais intensidade a distancia da família ou dos amigos.

Buscar uma forma de integração e planejar com antecedência como passar estas datas mesmo que seja com novos amigos é uma possibilidade de minimizar a sensação de marginalidade e trazer um novo significado a estes dias, comemorados de forma tão distinta ao redor do mundo.

Os austríacos, por exemplo, derramam chumbo derretido em uma tigela com água, à meia noite, e observam as figuras que se formam para adivinhar o que reserva o próximo ano. No Camboja, as crianças lavam os pés dos seus pais e avós como forma de mostrar respeito aos anciãos e obter bênçãos.

Em algumas cidades holandesas, são acesas fogueiras públicas para queimar árvores de Natal e parte da população mergulha em lagos, canais e no Mar do Norte – uma forma de mostrar coragem já que as temperaturas nesta época do ano estão abaixo de zero.

Na Escócia, a festa conhecida como Hogmanay dura cerca de três dias e começa no dia 30 de dezembro, quando acontece a Procissão das Tochas, em Edimburgo. Moradores e turistas caminham iluminando as ruas, ao som de tambores e gaitas de foles.

Em Londres, a torre do Big Ben é iluminada por fogos de artifício e no primeiro dia do ano acontece a tradicional “London New Year Parade”. Um desfile realizado com a  participação de artistas de vários países, que dançam, acrobacias e diversas performances. 

Parisienses reúnem-se com amigos e familiares e podem escolher entre assistir às 12 badaladas da meia-noite na Champs-Élysées, ao show de luzes na torre Eiffel ou um jantar mais intimista em um dos muitos bares ou restaurantes da cidade.

No Brasil, nossas festas de ano novo trazem um significado místico fruto do sincretismo religioso. A comemoração mais conhecida, nas areias da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, reúne cerca de dois milhões de pessoas que vão vestidas de branco assistir à queima de fogos que começa à meia-noite e dura em torno de 15 minutos. O uso do branco, a tradição de jogar flores no mar e fazer pedidos para Iemanjá vieram das festas de Candomblé que eram celebradas nas praias no passado.

Para um expatriado, nossa celebração pode ser considerada um tanto exótica mas por outro lado pode ser uma experiência enriquecedora para os que estão receptivos. A Differance deseja a todos um ano novo repleto de realizações e, independente da origem cultural, que cada um se sinta em casa mesmo que longe do próprio país.

por Cristiana Lobo







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