Vôo encerrado e com os pés no chão, mais impactos. Do avião até a área de imigração surge diante dos olhos o gigante Duty Free de Dubai. Não é miragem, nem efeito colateral da longa viagem. O conjunto de lojas e butiques de grife é uma ode concreta ao consumo e ao estilo superlativo dos dubaienses. De vistosas Mercedes a uísque e helicópteros, tudo e vendido nesse lado das Arábias. Já a saída do aeroporto, mais impacto: mesmo o relógio marcando pouco mais de meia-noite, o calor dá as boas-vindas. Welcome ao país de apenas duas estações climáticas: quente (40°C) e muito quente (45°C ou mais).
Construção - cidade e The Palm Jumeirah
Day after Viva o ar-condicionado. Aqui, é mais essencial que o ar quente que se respira nesses lados do planeta. E não faltam aparelhos, ligados na máxima potência, em ônibus, táxis e nas gigantescas torres de escritórios da cidade. E, nesse aspecto, Dubai converteu-se na Meca da engenharia civil. E o maior canteiro de obras a céu aberto do mundo. Por onde quer que se olhe, há gruas por todos os lados. Estatísticas afirmam que 1/3 de todas essas máquinas estão em Dubai, ajudando a levantar edifícios cada vez mais altos em áreas onde, até o advento do petróleo, tudo era areia e água. Era... isso faz parte do passado, da época em que a cidade não passava de uma isolada colônia de pescadores e mercadores de pérolas.
Do passado não tão distante não há mais vestígios. Restam, porém, areia, água e pérolas. Aliás, milhares delas, exibidas, com ostentação, sobre as burkas das mulheres e nas vitrines das joalherias do Mercado de Ouro (Gold Souk) Uma ostentação que salta aos olhos pela dimensão e também pela quantidade utilizada de pedras preciosas e, lógico, do nobre elemento aurífero.
Mix de Las Vegas com Miami, a exótica Dubai também surpreende pelos contrastes. Se, por um lado, as rígidas tradições da cultura muçulmana evidenciam-se nos trajes de homens e mulheres, nos tecidos revestidos de pedraria e paetês, nas tatuagens de henna, na proibição de consumo de bebidas alcoólicas (permitida apenas para turistas em áreas específicas de restaurantes), nas rodas de homens fumando narguille e na proibição de se fotografar as mulheres em suas vestes tribais, do outro lado igualmente impressiona a modernidade dos edifícios high-tech da Avenida Sheik Zayed e a quantidade de estrangeiros que trabalham na cidade. Lógico, uma modernidade movida pelos petrodólares dos sheiks que governam o país e empresários de todos os cantos do mundo que apostam suas fichas em Dubai atraídos por convincentes incentivos fiscais.
Verdadeira terra da fantasia que se materializou às custas do petróleo, Dubai e um free shop ao ar livre. Sem impostos e com criminalidade zero, não por acaso teve desenvolvimento tão rápido, atraindo profissionais de todo o mundo em busca de salários tão altos quanto as torres de concreto que se erguem em ritmo acelerado. Calcula-se que são mais de 140 as nacionalidades dos trabalhadores que deixaram Europa, América, Ásia e Oceania para trás. Exemplo bem-sucedido desse oásis de investimentos e o Dubai Internet City, onde estão instaladas as empresas mais importantes do setor, como Microsoft, CNN e Oracle. A Zona Franca de Jebel Ali, outro complexo superlativo, contabiliza cerca de 1.300 companhias.
Fonte:Flash Viagem 07/10/2008
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